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Terça-feira, 21 de Janeiro de 2025
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Economia

Tabela do IR congelada: Contribuinte segue pagando mais por menos

Sem aprovação da reforma do Imposto de Renda, promessa de alívio fiscal é adiada para 2025, enquanto contribuintes continuam arcando com uma tabela defasada

Redação II
Por Redação II
Tabela do IR congelada: Contribuinte segue pagando mais por menos
Joédson Alves/Agência Brasil
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O congelamento da tabela do Imposto de Renda (IR) em 2024 mantém a carga tributária pesada para os brasileiros que ganham pouco mais de dois salários mínimos. Quem recebe acima de R$ 2.824, faixa que deveria estar isenta, seguirá pagando o tributo. A promessa de elevar o limite de isenção para R$ 5 mil foi adiada, com o governo justificando "inconsistências" nos cálculos da Receita Federal. A proposta agora depende da aprovação do Orçamento de 2025, prevista para fevereiro.

A última atualização do piso da tabela ocorreu em fevereiro de 2024, com a faixa de isenção subindo de R$ 2.640 para R$ 2.824. No entanto, as demais faixas permanecem inalteradas desde 2015, penalizando ainda mais o contribuinte que, ao longo de quase uma década, viu os salários serem corrigidos enquanto a tabela ficou estagnada.

A defasagem não é apenas uma questão técnica, mas uma realidade que afeta diretamente o bolso dos trabalhadores. Oficialmente, o limite máximo da alíquota zero está fixado em R$ 2.259,20. Para garantir a isenção a quem recebe até dois salários mínimos, o governo aplicou um desconto simplificado de R$ 564,80 na base de cálculo. A Receita explica que o desconto é opcional, e contribuintes com maiores deduções, como dependentes ou despesas com saúde e educação, podem optar pela declaração completa.

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Enquanto isso, a promessa de mudança paira no horizonte. Em novembro, o governo anunciou a intenção de elevar a faixa de isenção para R$ 5 mil, na segunda fase da reforma tributária. Para compensar o impacto fiscal, propôs a criação de uma alíquota de 10% sobre rendimentos mensais acima de R$ 50 mil. A ideia, no entanto, ficou no papel, aguardando que o Congresso aprove o Orçamento para então seguir para análise.

Na prática, o atraso reforça uma realidade incômoda: o contribuinte brasileiro segue financiando o Estado com uma tabela de IR que ignora a inflação e os aumentos do salário mínimo. A carga tributária, que já é uma das mais altas do mundo, pesa ainda mais sobre quem ganha menos, enquanto promessas de alívio seguem engavetadas.

Redação II

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