O streaming se consolidou como a mídia de maior crescimento no Brasil, ultrapassando pela primeira vez a audiência dos canais de TV aberta. Dados do Target Group Index da Kantar IBOPE Media revelam que o YouTube agora supera a soma das principais emissoras do país, como Band, Record, SBT e RedeTV!, com o streaming totalizando 24,2% da audiência. Em comparação, a audiência dos serviços digitais teve um aumento de 11% de janeiro a outubro, em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto todos os principais canais apresentaram quedas, especialmente o SBT, que perdeu 7,2% de sua audiência, e a Globo, que registrou uma retração de 4%.
Com a popularidade crescente das plataformas digitais, especialmente do YouTube, o comportamento do público brasileiro também vem mudando. A pesquisa mostrou que a plataforma de vídeos do Google é a preferida entre os brasileiros acima dos 18 anos, contabilizando acessos em TVs conectadas, celulares, desktops e outros dispositivos. Estima-se que 75 milhões de brasileiros já assistam ao YouTube diretamente em seus televisores com internet, superando o alcance das TVs abertas, que somaram um total de 73 milhões de espectadores no período analisado.
Além do YouTube, outras plataformas de streaming vêm ganhando espaço no universo audiovisual, tornando o mercado mais competitivo e diminuindo o espaço das emissoras tradicionais. Em especial, o streaming oferece ao público a possibilidade de assistir ao conteúdo de maneira personalizada e sob demanda, adaptando-se melhor às preferências individuais dos espectadores. Esse fator tem sido decisivo para o aumento da audiência digital, enquanto a TV aberta enfrenta uma constante perda de público.
Os dados indicam uma mudança significativa no consumo de mídia no Brasil, refletindo uma preferência por conteúdos acessíveis em plataformas digitais. A perspectiva para os próximos anos aponta para o fortalecimento desse novo modelo de consumo audiovisual, em que a interatividade e a flexibilidade dos serviços de streaming atendem às demandas do público moderno, pressionando as emissoras de TV aberta a inovar para manter a relevância no cenário midiático.
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