Nesta quarta-feira (6), o Palácio do Planalto reabriu a Galeria dos Presidentes, que exibe fotos de todos os ex-presidentes do Brasil. A galeria foi reformada após as imagens anteriores terem sido destruídas durante os ataques de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram o Palácio, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), causando depredação generalizada. A nova exposição, que ocupa uma parede no andar térreo do Planalto, também traz um retrato da destruição provocada pelos vândalos, oferecendo um contraste com a memória institucional.
As fotos dos presidentes agora estão organizadas de forma que as imagens dos ex-mandatários são em preto e branco, enquanto o retrato do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece em cores. Ao lado das fotografias, estão afixadas listas com o nome e o período de governo de cada um dos líderes, criando uma linha do tempo visual que remonta a história da República. A nova galeria foi concluída ao menos desde setembro de 2023, mas até essa quarta-feira estava coberta por um pano preto, sem uma inauguração formal, o que gerou especulações sobre o motivo da demora.
A reabertura da galeria ocorre em um momento simbólico, considerando que as imagens que haviam sido destruídas representavam não apenas os presidentes, mas também a memória e a história do país. A inclusão da foto da destruição causada pelos ataques de janeiro de 2023 traz um elemento adicional à exposição, lembrando o trauma e o impacto dos atos violentos que marcaram aquele período da política brasileira. No entanto, o Palácio do Planalto optou por não realizar uma cerimônia oficial de reabertura, o que contrastou com as expectativas de uma comemoração pública.
Apesar de a galeria já estar pronta há mais de um ano, a Presidência não divulgou oficialmente os motivos para o atraso na inauguração, deixando o público sem uma explicação clara sobre a questão. A ação de reabertura do espaço cultural visa não apenas resgatar a memória institucional, mas também reforçar a importância da preservação da história política do Brasil, especialmente após o episódio traumático de 8 de janeiro, que ainda reverbera na política nacional.
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