Nesta terça-feira (3), a Polícia Civil prendeu sete integrantes da torcida organizada Mancha Verde, do Palmeiras, acusados de participar de uma emboscada que resultou na morte de um torcedor da Máfia Azul, uniformizada do Cruzeiro, além de deixar 17 feridos. A operação, conduzida pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), cumpre 13 mandados de prisão temporária e 25 de busca e apreensão em seis cidades da Região Metropolitana de São Paulo, incluindo a capital paulista, Osasco e Bragança Paulista.
A emboscada ocorreu em 27 de outubro, na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, e teria sido motivada por uma vingança relacionada a um confronto entre as torcidas ocorrido em 2022. Durante o ataque, os palmeirenses utilizaram barras de ferro, rojões, paus e pedras, ateando fogo em um dos ônibus que transportava os cruzeirenses. A vítima fatal, José Victor Miranda, de 30 anos, sofreu graves queimaduras e não resistiu aos ferimentos. Imagens do ataque foram analisadas pela polícia, que identificou 18 membros da Mancha Verde envolvidos na ação.
Com os sete presos nesta terça-feira, a Justiça já contabiliza nove palmeirenses detidos, incluindo dois que já estavam sob custódia. A investigação segue em busca de outros 11 suspeitos. A operação mobilizou 66 policiais civis e 25 viaturas, reforçando o compromisso das autoridades em responsabilizar os envolvidos em atos de violência no esporte.
O episódio, considerado um dos mais graves conflitos recentes entre torcidas organizadas, levou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a determinar que o jogo entre Cruzeiro e Palmeiras, nesta quarta-feira (4), pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, seja disputado com portões fechados. O Cruzeiro recorreu à Justiça comum pedindo a realização da partida com a presença apenas de sua torcida, mas aguarda uma decisão judicial sobre o caso.
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