O tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, um dos investigados na Operação Contragolpe, prestou depoimento nesta quinta-feira (28) à Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro. A ação investiga um plano que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Segundo a PF, os atos visavam impedir a posse do governo eleito democraticamente e comprometer o funcionamento das instituições democráticas.
De acordo com a investigação, Azevedo, juntamente com outros militares e um policial federal, participou de “ações operacionais ilícitas” que incluíam a tentativa de prisão ou execução de lideranças políticas e judiciais. O militar está preso preventivamente desde o dia 19 de novembro. Apesar de ser alvo das apurações, ele não foi incluído entre os 37 indiciados pela PF por tentativa de golpe de Estado, mas seu nome consta no relatório enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR).
A defesa de Azevedo informou que ele busca esclarecer os questionamentos e cooperar com as investigações. O advogado Jeffey Chiquini anunciou uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (29), no Rio de Janeiro, para comentar o caso e a suposta participação de seu cliente nas atividades investigadas. A defesa não antecipou os argumentos que serão apresentados, mas reforçou o compromisso de fornecer respostas às acusações.
A Operação Contragolpe foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, que é relator do inquérito no STF. O relatório da PF indica que Azevedo teria participado de uma ação clandestina em dezembro de 2022 com o objetivo de prender ou executar o próprio ministro. A Procuradoria-Geral da República avaliará as provas reunidas para decidir sobre o oferecimento de denúncia, pedido de arquivamento ou aprofundamento das investigações sobre os envolvidos.
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