A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou nesta quarta-feira (6) a importância da responsabilidade dos Estados Unidos na redução das emissões de carbono, especialmente após a eleição de Donald Trump para a presidência. Trump, que já retirou o país do Acordo de Paris em seu primeiro mandato, retorna ao cargo em um momento crítico para o enfrentamento das mudanças climáticas. Marina alertou que os EUA, como o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, têm um papel fundamental na luta global pela mitigação dos impactos ambientais.
Marina relembrou que mesmo durante governos com posturas céticas, como o de George W. Bush e o primeiro mandato de Trump, houve avanços na governança climática global. Segundo ela, a pressão popular e as evidências dos impactos ambientais, como o recente furacão Milton na Flórida, reforçam a necessidade de ação imediata. "Os desastres naturais cada vez mais estão cobrando a conta dos governantes, independentemente de suas ideologias, porque afetam vidas e patrimônios diretamente", afirmou.
A ministra também destacou que, nos Estados Unidos, os estados possuem certa independência para implementar políticas ambientais, o que possibilitou progressos mesmo em períodos de retrocessos na esfera federal. Ela considera essencial que os esforços continuem para evitar novos adiamentos em questões climáticas, enfatizando que o mundo não pode mais ignorar a urgência do problema.
O Acordo de Paris, firmado em 2015 por 195 países, tem como meta reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2030. Durante o governo Trump, os EUA abandonaram o tratado, mas Marina acredita que a governança global permanece forte. “Não há mais espaço para protelar nada. Os avanços são inevitáveis, e a população exigirá medidas concretas de seus líderes”, concluiu, reforçando a necessidade de diálogo e cooperação internacional para enfrentar os desafios climáticos.
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