A Polícia Federal iniciou nesta quinta-feira (14) as investigações sobre as explosões que ocorreram na noite anterior na Praça dos Três Poderes, em Brasília, com foco em análises avançadas de vestígios e reconstrução virtual em 3D. As detonações, que aconteceram no Anexo 4 da Câmara dos Deputados e em frente à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo tratadas como graves atos de violência, com possível motivação política. O Instituto Nacional de Criminalística (INC) mobilizou especialistas em explosivos para examinar a cena.
Os primeiros levantamentos visam identificar o tipo de explosivo usado, sua procedência e potenciais conexões entre o responsável pelos ataques e possíveis cúmplices. Ferramentas tecnológicas permitirão reconstruir digitalmente a dinâmica dos eventos, reproduzindo com precisão as explosões e o percurso do autor no local. A ação, segundo a PF, segue um padrão de perícia semelhante ao adotado nos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando os prédios dos Três Poderes foram alvos de vandalismo.
De acordo com informações preliminares, o autor seria Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, ex-candidato a vereador pelo PL em Santa Catarina. Ele teria detonado explosivos em um veículo estacionado e, posteriormente, outro artefato em seu próprio corpo, em frente ao STF. O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, destacou em redes sociais que as investigações já apontam para a participação do suspeito em episódios anteriores envolvendo explosivos na capital federal.
O caso também levanta questões sobre a logística do ataque, incluindo a origem dos explosivos e eventuais financiadores da ação. A Polícia Federal busca respostas rápidas para identificar os responsáveis e evitar novos atos semelhantes. A gravidade do incidente reforça a preocupação com a segurança institucional e a necessidade de maior vigilância em áreas de alto valor simbólico e estratégico no país.
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