No Dia Mundial do Diabetes, celebrado nesta quinta-feira (14), a atenção volta-se para o pé diabético, uma das complicações mais graves da doença. Caracterizado por alterações na sensibilidade e na forma dos pés, o problema aumenta o risco de feridas que, sem tratamento adequado, podem evoluir para infecções severas e até amputações. Segundo a Federação Internacional do Diabetes (IDF), cerca de 10,5% da população brasileira convive com a doença, reforçando a importância da conscientização e do controle adequado.
O cirurgião vascular Afonso Cesar Polimanti alerta que o descontrole dos níveis de glicemia é o principal fator de risco para o pé diabético. “A permanência de altos níveis de açúcar no sangue por períodos prolongados pode obstruir os vasos sanguíneos, causando danos semelhantes ao tabagismo, mas com obstruções mais calcificadas nas artérias menores, o que agrava o tratamento”, explica. Ele destaca a importância de sinais como feridas, áreas avermelhadas, dor ou alterações súbitas no controle do açúcar, que exigem atenção médica imediata.
Medidas preventivas são cruciais para evitar complicações. Polimanti recomenda o uso de calçados adequados, que protejam os pés sem causar atritos, além de manter a pele hidratada e realizar autoexames diários para identificar sinais como dormência, ressecamento ou sensação de queimação. “O diagnóstico precoce dessas alterações pode salvar vidas e evitar amputações, que geralmente são consequência de feridas não tratadas ou infectadas”, afirma.
A prática de exercícios físicos também é fundamental no controle do diabetes. Atividades aeróbicas, como caminhada e ciclismo, e exercícios resistivos, como musculação, ajudam a manter os níveis de glicose controlados e promovem benefícios gerais à saúde. Especialistas reforçam que a combinação de cuidados com os pés, alimentação equilibrada e atividades físicas regulares pode prevenir complicações graves e melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
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