O delegado da Polícia Federal (PF) Valdecy Urquiza foi oficialmente eleito nesta terça-feira (5) como o novo secretário-geral da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), durante assembleia-geral em Glasgow, na Escócia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou o feito inédito, destacando que esta é a primeira vez que um brasileiro e representante de um país fora da Europa e dos Estados Unidos assume o mais alto cargo na Interpol. Em sua conta no X (antigo Twitter), Lula ressaltou que a eleição de Urquiza reflete a confiança internacional no Brasil e o respeito conquistado pela Polícia Federal no combate ao crime.
Urquiza obteve uma votação expressiva, com 96% de aprovação dos países-membros presentes na assembleia-geral da Interpol, que conta com representantes de 196 nações. Diretor de cooperação internacional da Polícia Federal e vice-presidente da Interpol para as Américas, o delegado brasileiro já havia sido indicado ao cargo em junho pelo comitê executivo da organização, mas sua eleição dependia da ratificação na assembleia-geral. A posse de Urquiza reforça a influência do Brasil no cenário global de segurança pública e no enfrentamento do crime organizado.
O presidente Lula destacou a importância do trabalho de Urquiza para fortalecer a cooperação internacional e avançar no combate a crimes transnacionais. “O Brasil vive um momento histórico com a eleição do delegado Valdecy Urquiza. Que ele faça uma excelente gestão no combate ao crime organizado”, comentou o presidente. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, também participaram do evento e manifestaram apoio à gestão de Urquiza, que deve promover uma atuação integrada com as forças de segurança de diferentes países.
A liderança de Urquiza na Interpol é vista como um marco para o Brasil e um reconhecimento do trabalho da Polícia Federal, que há anos atua em cooperação com diversas nações para combater o crime organizado e o tráfico internacional. Segundo especialistas, a nomeação do brasileiro fortalece a posição do país em operações conjuntas e poderá ampliar os canais de troca de informações e recursos no combate a ameaças globais, assegurando uma nova etapa para a segurança internacional.
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