Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reforçaram nesta sexta-feira (29) o compromisso do Congresso com o ajuste fiscal proposto pelo governo. Após o anúncio do pacote de contenção de despesas, que causou turbulência no mercado financeiro e fez o dólar superar R$ 6, os parlamentares se mobilizaram para apaziguar o cenário. Ambos destacaram que as medidas de corte de gastos terão tramitação prioritária, enquanto iniciativas como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil serão discutidas apenas no próximo ano.
Arthur Lira usou suas redes sociais para afirmar que a análise das propostas será feita com agilidade, mas destacou a necessidade de uma avaliação criteriosa de iniciativas que impliquem renúncia fiscal. Segundo o deputado, a inflação elevada e o dólar em alta penalizam principalmente os mais pobres, tornando a responsabilidade fiscal uma prioridade inegociável. "Uma coisa de cada vez. Responsabilidade fiscal é inegociável", enfatizou Lira, sinalizando que o Congresso está disposto a aprimorar as medidas de ajuste.
Rodrigo Pacheco, por sua vez, divulgou nota apontando que o pacote de contenção é apenas o início de um processo mais amplo para consolidar a governança fiscal no país. O presidente do Senado também ressaltou que medidas impopulares podem ser necessárias para garantir o equilíbrio das contas públicas. A ampliação da isenção do IR, embora desejada, dependerá do crescimento econômico e de condições fiscais sustentáveis, afirmou.
As medidas, que incluem cortes de R$ 327 bilhões até 2030, foram detalhadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reuniões com lideranças parlamentares. O Congresso deve apreciar as propostas ainda este ano, antes do início do recesso legislativo. Lira e Pacheco destacaram que qualquer flexibilização fiscal só ocorrerá mediante análises criteriosas e sem comprometer a saúde financeira do país.
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