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Terça-feira, 21 de Janeiro de 2025
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Brasil é o maior poluidor de plástico no oceano da América Latina

Relatório da ONG Oceana revela impacto devastador do plástico na biodiversidade marinha e recomenda ações urgentes ao Poder Público

Redação II
Por Redação II
Brasil é o maior poluidor de plástico no oceano da América Latina
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O Brasil se destaca como o oitavo país no mundo e o maior poluidor da América Latina em termos de plástico descartado no oceano, com impressionantes 1,3 milhão de toneladas despejadas anualmente. Essas cifras alarmantes foram reveladas no relatório "Fragmentos da Destruição: impacto do plástico à biodiversidade marinha brasileira", publicado nesta quinta-feira (17) pela ONG Oceana. O estudo destaca que esse volume representa 8% do total de poluição plástica global, sublinhando a necessidade urgente de medidas efetivas para mitigar esse problema ambiental.

Ademilson Zamboni, oceanólogo e diretor-geral da Oceana, explica que o estudo serve como uma ferramenta essencial para mensurar a gravidade da poluição plástica no Brasil e, ao mesmo tempo, promover uma transição necessária que enfrente os desafios ambientais, econômicos e sociais relacionados ao atual modelo de produção e descarte. Zamboni afirma que “o plástico que polui nossos mares chega lá por conta de um modelo que precisa ser urgentemente substituído”. Entre as recomendações feitas aos poderes públicos estão o investimento em pesquisa e desenvolvimento, a promoção de alternativas ao plástico a preços acessíveis e a criação de legislação específica para regular a produção de plásticos descartáveis.

O impacto da poluição plástica sobre os ecossistemas marinhos é profundo, afetando diretamente a alimentação humana. Pesquisadores do estudo identificaram ingestão de plástico em 200 espécies marinhas, com 85% delas em risco de extinção. Os dados revelam que um em cada dez desses animais morreu devido a problemas como desnutrição e diminuição da imunidade, ocasionadas pela exposição a compostos químicos nocivos. A pesquisa também utilizou dados de monitoramento de praias, revelando que 49 das 99 espécies analisadas apresentaram contaminação por plástico.

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Entre as espécies afetadas, as tartarugas marinhas são as mais prejudicadas, com resíduos sólidos encontrados em 82,2% das amostras. A ingestão de plástico já foi registrada em todas as espécies de tartarugas, e em estudos específicos, 70% dos 250 indivíduos da tartaruga-verde estavam contaminados, com alguns locais apresentando índices de 100%. Além disso, peixes amazônicos e moluscos como ostras e mexilhões também apresentaram contaminação, indicando que o consumo dessas espécies pode ser uma das formas de contaminação alimentar para os seres humanos. O relatório conclui que a redução significativa do volume de resíduos plásticos despejados no mar é a única solução viável para preservar a vida marinha.

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