O Brasil superou a marca histórica de 50 gigawatts (GW) de potência instalada operacional em energia solar, posicionando-se como o sexto país do mundo a alcançar esse patamar. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a conquista coloca o Brasil ao lado de gigantes como China, Estados Unidos, Alemanha, Índia e Japão no uso dessa fonte limpa de energia. A matriz solar representa 20,7% da capacidade instalada no país, sendo superada apenas pela energia hidrelétrica.
Entre os sistemas de geração, os pequenos e médios projetos de geração própria lideram com 33,5 GW, enquanto as grandes usinas solares respondem por 16,5 GW. No acumulado de 2024, o país instalou 119 usinas solares, adicionando 4,54 GW de potência fiscalizada, segundo dados do Ministério de Minas e Energia e da Aneel. Apesar da alta capacidade instalada, a energia solar corresponde a 7,94% da potência fiscalizada no Brasil, um número ainda distante de seu potencial total.
Desde 2012, os investimentos em energia solar no Brasil somaram R$ 229,7 bilhões, resultando na arrecadação de R$ 71 bilhões para os cofres públicos. Além disso, a fonte evitou a emissão de 60,6 milhões de toneladas de CO₂, reforçando seu papel na transição energética. No entanto, a recente decisão do governo de elevar o imposto de importação sobre insumos de painéis solares de 9,6% para 25% gerou críticas. Para a Absolar, a medida pode desestimular investimentos no setor e comprometer a competitividade da energia solar.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços justificou o aumento como necessário para fortalecer a indústria local e fomentar empregos. Contudo, especialistas alertam que a taxação pode desacelerar o avanço dessa fonte sustentável, justamente em um momento em que o Brasil se consolida como líder global na transição para energias renováveis.
Comentários: