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Economia

Alta do dólar e pacote fiscal ampliam instabilidade no mercado financeiro

Desvalorização do real expõe desafios do governo e críticas à condução econômica

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Por Agência 2CNews
Alta do dólar e pacote fiscal ampliam instabilidade no mercado financeiro
Pixabay
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O mercado financeiro reagiu de forma negativa ao pacote fiscal anunciado pelo governo Lula, que prevê cortes de R$ 70 bilhões em dois anos. A alta do dólar, que chegou a R$ 6 no início do pregão de quinta-feira (28), e as quedas consecutivas da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), somando perdas de R$ 172,9 bilhões, refletem a falta de confiança nas medidas apresentadas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu os movimentos de mercado a “ruídos” gerados pela antecipação da proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil, prevista apenas para 2026.  

A resposta oficial do governo não convenceu o mercado. Enquanto Haddad reconheceu que podem ser necessárias novas medidas de ajuste fiscal, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticou o Banco Central (BC), atribuindo à instituição parte da responsabilidade pelo cenário atual. As declarações acentuaram as incertezas, especialmente em um contexto de regime de câmbio flutuante, onde o BC tem autonomia para intervir apenas em situações de instabilidade extrema. A postura do presidente do BC, Roberto Campos Neto, foi questionada por membros do governo, que o acusaram de omissão frente à desvalorização do real.  

O pacote de cortes de gastos, embora considerado um passo na direção correta, foi avaliado como insuficiente por economistas. Estudos indicam que o impacto fiscal real pode ser até 37% inferior ao projetado pelo governo. Especialistas apontam que medidas mais profundas, como a revisão de despesas obrigatórias e ajustes na tributação, serão indispensáveis para equilibrar as contas públicas e estabilizar a trajetória da dívida. A limitação do crescimento do salário mínimo e o aumento de impostos para os mais ricos também enfrentam resistências no Congresso, dificultando a implementação das mudanças.  

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Além do impacto interno, a desvalorização do real, que acumula queda de 19,1% em 2024, coloca o Brasil entre as moedas que mais perderam valor frente ao dólar neste ano, segundo a Austin Rating. A pressão cambial eleva custos de importação, aumenta a inflação e reforça expectativas de alta na taxa Selic, atualmente em 11,25%. O cenário amplia os desafios do governo, que busca aprovar as medidas no Congresso ainda em 2024, enquanto enfrenta descontentamento do mercado e a necessidade de construir credibilidade para sustentar sua agenda econômica.  

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